quinta-feira, 30 de abril de 2015

Hospital Regional de Cajazeiras realizou curso de capacitação em RCP (Ressuscitação Cardio-Pulmonar) para profissionais de enfermagem da urgência.

Durante os dias 28 e 29 de abril de 2015, foi realizado um curso de capacitação, ofertado aos profissionais de enfermagem, que atuam no eixo vermelho e amarelo do Hospital Regional de Cajazeiras. A capacitação trata-se do curso de RCP (Ressuscitação Cardio-Pulmonar), este curso, tem o objetivo de capacitar e aprimorar as técnicas de intervenção no caso de pacientes que chegam no serviço de saúde com o quadro de parada cardíaca e respiratória.


O curso foi realizado durante todo o dia, com intervalos, e duração total de oito horas, todo o curso aconteceu no auditório do BLH (Banco de Leite Humano). A capacitação teve o apoio e colaboração do Corpo de Bombeiro Militar do Estado da Paraíba, que abordou o tema de “Suporte Básico e Vida”, que inclui o atendimento inicial ao paciente, o mesmo, foi composto pela teoria e prática.  Este tema foi debatido no primeiro momento do curso, no caso nas manhãs dos dias 28 e 29.



Já no período da tarde, o curso contou com a participação e colaboração de dois enfermeiros que atuam diariamente com este tipo de intervenção; O enfermeiro Tarso Huston (Enfermeiro Socorrista do SAMU-CZ) e Sibelly (Professora da Faculdade Santa Maria e enfermeira do Hospital Regional de Cajazeiras), os mesmos, abordaram sobre o suporte avançado de vida e atuação da enfermagem nos casos de parada cardíaca.


FOTOS;







Da Assessoria.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Você sabe o que é hipertensão?

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças.
Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetro de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 ou mais é considerada hipertensão. Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. Um número normal de pressão arterial diastólica é inferior a 80, sendo que igual ou superior a 90 é considerada hipertensão.
A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabetes ou histórico de AVC, determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos.
  • Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100
  • Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110
  • Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.

  • A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:

    • Fumo
    • Consumo de bebidas alcoólicas
    • Obesidade
    • Estresse
    • Grande consumo de sal
    • Níveis altos de colesterol
    • Falta de atividade física
    • Diabetes
    • Sono inadequado.
    Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Isso porque com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar - são chamados de vasos menos complacentes. Com isso a hipertensão arterial é mais fácil de acontecer - cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença.
    Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

    Da Assessoria

    segunda-feira, 20 de abril de 2015

    Primeiro mutirão de cirurgias de catarata do Hospital Regional de Cajazeiras, do ano de 2015, foi realizado com sucesso e gera expectativa já para a segunda etapa.

    Foi realizado nesta segunda semana do mês de Abril, do dia 13 ao 17, o primeiro mutirão de cirurgias de catarata do ano de 2015. O Alto Sertão do Estado da Paraíba foi contemplado com 658 (Seiscentos e cinqüenta e oito) procedimentos cirúrgicos, divididos entre os quinze municípios que compõe a 9ª Gerência de Saúde, de acordo com a demanda de cada cidade.


    As vagas para a realização dos procedimentos foram reguladas através das Secretarias de Saúde dos municípios, a execução das cirurgias ficou por conta do Hospital Regional de Cajazeiras, no qual, é referencia no Alto Sertão da Paraíba. Veja abaixo os números de procedimentos realizados em cada dia da semana, durante o mutirão:

    SEGUNDA FEIRA
    13/04
    68 Cirurgias
    TERÇA FEIRA
    14/04
    72 Cirurgias
    QUARTA FEIRA
    15/04
    67 Cirurgias
    QUINTA FEIRA
    16/04
    60 Cirurgias
    SEXTA FEIRA
    17/04
    57 Cirurgias
                                                                                        
    TOTAL: 328
    O coordenador da central de marcação do Hospital Regional de Cajazeiras, Muller Portinary, falou da satisfação da equipe que se empenhou para que esse trabalho chegasse ao final em sua primeira etapa com sucesso, o mesmo, atribuiu todo o desenrolar do mutirão sem impasses, ao devido apoio por parte da direção do Hospital Regional de Cajazeiras, em nome da diretora geral, Dra. Edjane Leite Santos.


    Em conversa com alguns dos pacientes contemplados com este serviço ofertado pelo governo do Estado e secretaria de Estado da Saúde, podemos perceber a satisfação no olhar de cada um deles, até mesmo dos próprios acompanhantes, um dos pacientes, o senhor João José, da cidade de São João do Rio do Peixe, indagado sobre o que mudaria em sua vida a partir desse instante em que volta a ter a sua visão por completo, o mesmo respondeu que sua vida melhorará 100%, “O homem sem a sua visão, está sempre limitado a praticamente quase tudo, dependendo das pessoas, impossibilitado de trabalhar, tudo fica mais difícil, mas agora não, as coisas agora mudaram, e mudaram para melhor, vou voltar a enxergar e fazer o que mais gosto, trabalhar!” disse.


    O Hospital Regional de Cajazeiras, através da diretora geral, Dra. Edjane Leite e o coordenador da central de marcação, Muller Portinary, já estudam uma nova data para a realização da segunda etapa do mutirão de cirurgias de catarata, o mês já foi decidido, será no mês de Junho, falta apenas à data ser agendada com os profissionais que realizam os procedimentos.

    Veja abaixo as fotos registradas em alguns momentos do mutirão;








     Da Assessoria.  


    sexta-feira, 17 de abril de 2015

    Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do HRC, em parceria com o Corpo de Bombeiro Militar, formou o primeiro grupo de Brigada de Incêndio do Hospital.

    Nesta última quinta feira (16), a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) instalada no Hospital Regional de Cajazeiras, realizou em conjunto com o 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros do Estado da Paraíba, o primeiro grupo de Brigada contra incêndio e pânico. No primeiro momento foi ministrada aula teórica com o palestrante, Capitão Rômulo, assessorado pelo Cabo Edcharlison. A aula teórica do curso aconteceu no Banco de Leite Humano (BLH), no horário das 08h às 11h. Os assuntos abordados foram vários, por exemplo, diferenças entre os equipamentos de combate a incêndio, do tipo, extintores de pó químico e Co2 e quais as suas finalidades. Também foram apresentados imagens e vídeos relatando alguns acontecimentos, para servir de exemplo para a turma, e assim, melhorar o desempenho na tomada de cuidados no dia a dia no serviço. Os participantes do curso conheceram equipamentos de segurança, debateram sobre pontos estratégicos para instalação de iluminação de saídas de emergência, pressão necessária das mangueiras para o combate à incêndio e entre outros.



    No período da tarde, das 14h às 17h, foi dada continuidade ao curso, más desta vez de forma prática. Os trabalhos foram realizados no Campestre Clube de Cajazeiras, um local amplo para desenvolver as atividades que seriam executadas pelos alunos do curso.




    Com a Brigada de Combate à Incêndio e Pânico do Hospital Regional de Cajazeiras formada, passa assim, uma maior tranqüilidade aos servidores da unidade de saúde, os mesmos participantes, serão multiplicadores das informações absorvidas por eles durante o curso, tornando assim um ambiente mais seguro e precavido.




    A presidente da CIPA, Jacqueline Tavares, acompanhou todo o processo do curso, do início ao término. Segundo a presidente, o curso tem o intuído de capacitar os participantes, para que os mesmos possam manter um ambiente seguro, e tornar o mais claro possível aos outros servidores, como agir e resolver problemas em situações de principio incêndio no serviço. Funcionários do Hospital Regional de Cajazeiras e UPA, participaram do curso e tiveram 100% de aproveitamento.














    Da Assessoria. 

    segunda-feira, 13 de abril de 2015

    Iniciado o primeiro mutirão de cirurgias de Catarata do ano de 2015 no Hospital Regional de Cajazeiras.

    O Hospital Regional de Cajazeiras, através da Secretaria de Saúde do Governo do Estado, deu início à realização de mais uma etapa de Cirurgias de Catarata. Dos dias 13 a 17 de abril de 2015, será realizado o total de 658 procedimentos.

    Nesta segunda feira (13), a central de marcação de cirurgias do HRC ficou completamente lotada por pacientes que aguardavam o momento de sua cirurgia, na mesma oportunidade, a diretora geral do HRC, Dra. Edjane Leite, recepcionou os pacientes e realizou uma breve conversa com os mesmos, dando-lhes as boas vindas e indagando se os mesmos estariam sendo bem assistidos pela equipe acolhedora, também se disponibilizando para conversa caso os pacientes ou acompanhantes precisem.

    O Hospital Regional de Cajazeiras estará realizando setenta (70) procedimentos por dia, esses números representam uma demanda de pacientes remanescentes que já se encontravam no aguardo do mutirão do ano de 2015, juntamente com outros pacientes que apresentaram essa patologia ao longo desse período, nos municípios circunvizinhos. Todos os exames pré-operatórios e vagas foram reguladas através das secretarias municipais de saúde, da cidade em que cada paciente reside.


    As 658 cirurgias de catarata foram divididas entre os quinze (15) municípios do alto sertão que compõe a 9ª Gerência de Saúde, incluindo a cidade de Cajazeiras. A diretora, Dra. Edjane Leite, disse que é algo prazeroso em ver pessoas que há algum tempo não tinham uma qualidade de vida satisfatória, pelo fato de ter sua visão até certo ponto limitada, e agora com o apoio e dedicação do Governo do Estado e Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, através do Hospital Regional de Cajazeiras, obteve essa conquista para a população sertaneja.











    Da Assessoria.

    domingo, 12 de abril de 2015

    Governador entrega ambulâncias para o Hospital Regional de Cajazeiras

    O governador Ricardo Coutinho entregou na manhã de sexta-feira (10) duas ambulâncias para o Hospital Regional de Cajazeiras. Na solenidade, o governador lembrou que nos quatro primeiros anos de seu governo se dedicou à ampliação da rede e afirmou que precisa qualificar o atendimento do hospital, reforçando a alta complexidade com diagnóstico de imagens. “Com a entrega das ambulâncias ao Hospital Regional de Cajazeiras, estamos dando mais um passo na qualificação do atendimento à população”, destacou.

    Segundo a diretora geral do hospital, Edjane Leite, a região de Cajazeiras estava precisando desse equipamento porque em muitos casos os pacientes em estado grave precisam ser transportados para outros hospitais de Patos, Campina Grande e João Pessoa.

    “Antes da chegada das novas ambulâncias, era bem difícil o atendimento à população porque tínhamos apenas um pequeno suporte e algumas ambulâncias locadas. A situação se agravava quando tínhamos cinco pacientes graves para transferir para o Hospital de Trauma, em João Pessoa, por exemplo, e ficávamos numa situação difícil, mas com essas aquisições proporcionadas pelo governo Ricardo Coutinho, a gente vai poder salvar mais vidas”, disse a diretora.

    quinta-feira, 9 de abril de 2015

    8 dicas para evitar e controlar a hipertensão; Estresse, cigarro, álcool e quilos a mais podem desencadear ou agravar o problema


    Controlar a hipertensão com remédios é rotina na vida de 1/4 dos brasileiros. A doença, que sobrecarrega o coração, é crônica e pode causar sérios problemas para visão, rins e cérebro, além de ser a causadora do infarto do miocárdio. Maspequenas atitudes podem evitar o quadro ou ajudar no controle dele.


    "Os maus hábitos à mesa e o sedentarismo colaboram para que os casos de hipertensão aumentem. Muitos pacientes vivem com a doença e não sabem, porque ela não traz sintomas no início", afirma José Kawazoe Lazzoli, especialistaem cardiologia e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).


    Para tratar essa condição, em muitos casos os medicamentos são essenciais. Mas a mudança no comportamento também transforma sua saúde. Abaixo, o cardiologista indica uma série de hábitos que, diluídos no dia a dia, ajudam você a viver de maneira mais saudável sem depender da farmácia.


    1. Verifique a pressão arterial mensalmente
    De acordo com o especialista, mesmo quem não sofre com a doença precisa ficar atento e medir a pressão ao menos uma vez por ano. "Cerca de 25% da população adulta é composta por hipertensos. Mas a maioria deles nem desconfia disso e ignora os cuidados, podendo sofrer com problemas mais sérios no futuro", diz o médico. Mas não vale medir a pressão de qualquer jeito:



    - Repouse 15 minutos antes, em um lugar tranquilo 


    - Caso tenha fumado, aguarde 30 minutos 


    - Não fale durante o procedimento 


    - Permaneça deitado ou sentado durante o processo


    - Esvazie a bexiga 


    - Após exercícios físicos, aguarde 30 minutos 


    - E não tome café 20 minutos antes da medição 


    2. Evite o excesso de peso
    A grande quantidade de gordura corporal também afeta o aumento da pressão arterial. Acabar com o excesso de peso é uma ótima sugestão para quem não deseja encarar riscos. "É como se o coração fosse obrigado a aumentar a força para bombear o sangue em direção aos outros órgãos. Quando o peso diminui, muitas vezes, também reduzimos a dose dos medicamentos", afirma o cardiologista.



    3. Mantenha uma alimentação saudável
    Há uma gama de alimentos que podem desencadear ou agravar a doença. "O excesso de sal e de gorduras saturadas, assim como a ingestão de gorduras trans são amigos da hipertensão. Evitá-los é fundamental para manter a doença longe e ou para controlá-la", ressalta o médico.



    4. Reduza o consumo de bebidas alcoólicas 
    De acordo com o especialista, consumir bebidas alcoólicas de forma moderada não é prejudicial para a pressão arterial, mas exagerar na dose pode causar estragos. "O consumo excessivo de álcool compromete todo o organismo, inclusive a pressão arterial", diz.



    5. Acalme os nervos
    De forma isolada, o estresse não é capaz de causar a hipertensão, mas quando combinado com outros fatores de risco pode agravar o quadro. "Buscando alternativas para viver de maneira mais tranquila, o coração tende a trabalhar melhor e as doses dos medicamentos podem até diminuir", diz o cardiologista.



    6. Abaixo a fumaça
    O cigarro deve ser mantido apagado - e bem longe - se o desejo é permanecer distante dos riscos da hipertensão. O fumo é um dos principais fatores de risco para doença arterial coronariana. As substâncias tóxicas do cigarro provocam o enrijecimento das artérias, fato que compromete a passagem de fluxo sanguíneo e faz a pressão subir", afirma o cardiologista.



    7. Não tome medicamentos sem prescrição médica
    Nada de se automedicar e correr riscos. Os remédios de hipertensão devem ser prescritos após uma série de exames. "Cada pessoa apresenta um nível diferente de elevação da pressão arterial, por isso é importante ressaltar que o uso indevido desses medicamentos pode contribuir até para a piora do quadro. O remédio que funciona para uma amiga, certamente não funcionará para você", alerta o especialista.



    8. Hora de mexer o corpo
    Pessoas sedentárias têm cinco vezes mais chance de desenvolver hipertensão arterial do que indivíduos fisicamente ativos. "A prática regular de exercícios ajuda no controle dos níveis da pressão arterial, porque melhora o condicionamento físico do coração, fazendo com que ele não fique sobrecarregado", diz.
    Alem disso, a prática regular de atividades provoca um efeito anti-hipertensivo por ajudar a queimar os quilos extras. "Não basta perder peso, é necessário reduzir essa massa gorda", explica. "A atividade física facilita a circulação sanguínea, melhora a oxigenação e automaticamente colabora para reduzir a pressão alta", ressalta José Kawazoe Lazzoli.

    sexta-feira, 3 de abril de 2015

    Hospital Regional de Cajazeiras, realizou neste dia 01 de Abril, a primeira cirurgia de Acetábulo. Confira;

    Fraturas da bacia e acetábulo ocorrem geralmente em acidentes de trânsito ou traumas de alta energia em pacientes jovens, sendo tipicamente pacientes masculinos com 30 a 40 anos de idade. Idosos com ossos osteoporóticos também são frequentemente diagnosticados com fraturas de pelve sem grave deslocamento após quedas da própria altura. Cirurgia é geralmente necessária e em casos de traumas graves os pacientes podem apresentar outras lesões com risco de morte variando de 8 a 40 %. Fraturas da pelve também podem causar sérias sequelas se não manejadas adequadamente.  Algumas vezes, mesmo que corretamente tratadas, resultam em limitação para caminhar, dor crônica, disfunções urológicas, gastrointestinais, sexuais e psicológicas. Apesar das múltiplas possíveis complicações, a grande maioria dos pacientes recupera a função normal, sem dor e com movimento. 

    Anatomia 

    A parte óssea da pelve é conhecida leigamente pelo termo bacia. Ela conecta a coluna lombar aos membros inferiores e é formada por 3 estruturas ósseas: hemipelve esquerda, hemipelve direita e sacrococcix. Estas 3 grandes estruturas articulam-se posteriormente através das articulações sacro-ilíacas e anteriormente através da sínfise púbica.






     Em crianças (antes da parada do crescimento esquelética), cada hemipelve é dividida em 3 partes comunicadas por cartilagem de crescimento: osso ilíaco, púbis e ísquio. Após a fase de crescimento, a cartilagem de crescimento fecha-se e estes 3 ossos unem-se para formar a hemipelve de cada lado.  A parte em que se articula a cabeça femoral é o acetábulo.





    Os ossos da pelve são comunicados por fortes ligamentos que podem ser lesados durante traumas e causar importantes sequelas se deixados sem tratamento: ligamentos sacroilíacos, ligamentos da sínfise púbica, sacrotuberal e sacroespinhal. A pelve possui grande orifício central que é maior em mulheres. Os bebês passam por esse orifício quando nascidos de parto normal. Estruturas musculares importantes que preenchem o orifício da pelve tamém podem ser lesadas em fraturas da pelve.



    Sintomas e sinais

    Pacientes com fraturas de pelve apresentam dor especialmente quando palpa-se a parte fraturada. Movimentar os quadris pode ser extremamente doloroso, especialmente em pacientes com fraturas do acetábulo. Os pacientes também apresentam inchaço e hematoma na região pélvica e genitais. Alguns pacientes com fraturas estáveis (sem deslocamento) conseguem caminhar, porém com dor. Acidentes de alta energia podem causar sangramento intra-pélvico, lesões  na uretra e bexiga, lesões nos nervos e vasos que vão ao membro inferior. Outras partes do corpo podem também estar lesadas e pacientes com fraturas de pelve em traumas graves geralmente precisam ser avaliados por especialistas de múltiplas áreas.


    Fraturas de pelve geralmente indicam trauma de alta energia e cerca de 20% dos pacientes apresenta lesões torácicas associadas, 8 % do fígado ou baço e 8% têm duas ou mais fraturas associadas. Lesões de órgãos pélvicos diretamente associadas a fratura são frequentes e devem ser pesquisadas: ruptura da bexiga; lesões da uretra; lesões dos vasos ilíacos; lesões no reto e intestino grosso; lesões na vagina e períneo (musculatura e genitais); e lesões dos nervos. 
    Exames de Imagem

              Radiografias (Raios X) confirman o diagnóstico de fratura em cerca de 95% dos casos. Tomografia computadorizada é solicitada nos casos de dúvida e para definir o tipo de tratamento a ser empregado. Ressonância nuclear magnética geralmente não é  necessária, sendo eventualmente útil para confirmar lesões nos ligamentos, cartilagens, nervos ou órgãos intra-pélvicos.



    Tratamento 

    O tratamento das fraturas da pelve pode ser dividido em inicial e definitivo. Tratamento inicial refere-se ao tratamento de urgência, em que o principal objetivo é salvar o paciente e evitar ao máximo possível o risco de sequelas. Tratamento definitivo é aquele empregado para tratar a fratura em si após o paciente estar estável, sem risco de morte.

    Tratamento inicial

              As lesões que ameaçam a vida devem ser primeiramente abordadas. Problemas no pulmão e respiração tem prioridade. Após, possíveis sangramentos internos são tratados, sendo frequentemente necessárias transfusões sanguíneas para manter oxigenados os tecidos do paciente. As fraturas de pelve são classificadas em estáveis e instáveis. Quando a pelve é instável e o paciente está hemodinamicamente mal, a fixação externa com pinos no osso ilíaco pode ser necessária para parar o sangramento. Cintos especiais que apertam a pelve também podem ser utilizados temporariamente para este fim. Algumas vezes são necessárias embolizações em vasos sangrantes, que fazem com que se obstrua os vasos lesados através de pequenos êmbolos inseridos guiados por métodos de imagem. Quando deslocamento da articulação do quadril é visto, a articulação deve ser reduzida (colocada no lugar) para se controlar a dor e diminuir o risco de necrose da cabeça femoral.

    Pacientes com fraturas expostas (abertas) frequentemente necessitam manejo de graves lesões de partes moles (pele, subcutâneo e músculos). Nestes casos outros especialistas além do ortopedista são frequentemente úteis: cirurgião geral, ginecologista, urologista, cirurgião plástico e vascular. Curativos a vácuo tem sido aplicados com ótimos resultados em fraturas expostas pélvicas, assim como em  fraturas de ossos do membro inferior e superior. A pressão negativa produzida neste tipo de curativo auxilia a remoção de tecidos mortos e bactérias, ao mesmo tempo em que estimula a chegada de sangue e oxigênio a ferida.

    Tratamento definitivo

    Fatores como idade, estado de saúde geral e lesões associadas devem ser levados em conta para se definir o tratamento. As fraturas pélvicas de alta energia são classificadas em estáveis e instáveis. Fraturas estáveis sem deslocamento e sem lesões ligamentares são tratadas sem cirurgia. Repouso, gelo, medicações analgésicas e anti-inflamatórias são a base do tratamento. Alguns tipos de fraturas permitem que o paciente possa caminhar com auxílio de muletas ou andadores. Fisioterapia é importante para a maioria dos pacientes de maneira a evitar atrofia muscular, perda de mobilidade e retardo na recuperação. Fraturas de baixa energia em idosos e pacientes com osteoporose são quase sempre estáveis e sem deslocamento importante, sendo da mesma forma tratadas de maneira conservadora. Nestes casos é importante que se faça avaliação do grau de osteoporose por densitometria óssea para corrigí-la.

    O tratamento cirúrgico é indicado nas fraturas instáveis, deslocadas e especialmente associadas a lesões nos ligamentos sacroilíacos, púbicos, sacroespinhal e sacrotuberal. Fraturas de acetábulo afetam a porção da pelve que articula com a cabeça femoral, sendo que os casos com mais de 2mm de deslocamento são geralmente cirúrgicos. Deve-se considerar que estas fraturas são complexas e uma regra geral não é válida para todas as fraturas. Como citado previamente, fatores como idade e estado geral de saúde influenciam a indicação e o tipo de cirurgia.  A cirurgia definitiva só é realizada apartir da segunda semana da fratura, permitindo-se que o inchaço diminua e reduzindo o risco de sangramento excessivo. Uma espécie de tração com pino transósseo no fêmur  deve ser realizada em alguns pacientes para evitar encurtamentos e auxiliar no controle da dor. As cirurgias para tratamento de  fraturas da pelve e acetábulo são complexas. O cirurgião deve ser treinado para estas cirurgias e estudar intensamente cada fratura e cada paciente. Os acessos cirúrgicos são realizados entre vasos, nervos e órgãos muito importantes, de maneira que um conhecimento profundo da anatomia pélvica é fundamental. Cada fratura de pelve e acetábulo tem uma peculiaridade que precisa ser reconhecida. Instrumentos especificamente desenhados para cirurgias de pelve e acetábulo são empregados para “colocar os fragmentos ósseos no local correto” (reduzir). Após reduzida, geralmente é utilizada combinação de placas e parafusos como fixação (estabilização).

    A recuperação pós operatória depende do tipo de fratura e do paciente. Geralmente no segundo dia pós operatório o paciente pode sentar fora do leito e no terceiro ele inicia o treino de marcha com 2 muletas ou andador,  se autorizado pelo cirurgião. Nesta fase o fisioterapeuta e o próprio paciente tem papel fundamental para que se consiga a reabilitação completa, com recuperação da força muscular e mobilidade. Muitas vezes são necessários de 6 meses a 1 ano para que o paciente consiga voltar a suas atividades normais. É importante que o paciente siga as orientações do cirurgião com relação ao apoio do membro operado no chão para caminhar. A cicatrização da fratura (consolidação) é variável de acordo com o estado geral de saúde do paciente e a idade. Crianças saudáveis cicatrizam mais rapidamente que idosos ou adultos com problemas de saúde e fumantes. Uma dieta adequada rica em cálcio, vitamina D e proteínas é fundamental, e deve ser prescrita por nutricionista.

    Complicações

    Inúmeras complicações são descritas associadas as fraturas de pelve. A seguir descreveremos as mais frequentes e suas características.

    Já citamos que lesões de órgãos pélvicos são comuns em fraturas pélvicas de alta energia. As lesões de uretra podem prejudicar a eliminação de urina e seu tratamento varia desde o uso de sondas vesicais até cirurgias de reparo e reconstrução da uretra ou bexiga.  Lesões no reto podem prejudicar a excreção das fezes, algumas vezes requerendo o uso de bolsas de colostomia ou cirurgias de reparo. Existem outros órgãos e glândulas menos frequentemente lesados, mas que também estão em risco, como útero, vagina, próstata e pênis. Estes problemas podem levar a sérios problemas psicológicos. Não é raro que pacientes sofram uma espécie de choque pós trauma, especialmente quando perdem familiares e amigos no mesmo acidente.

    Múltiplos nervos são formados na pelve em plexos nervosos e deixam-a em direção aos membros inferiores. Todos estão em risco de serem lesados pela fratura, porém os mais debilitantes são o nervo ciático e o nervo pudendo. O nervo ciático inerva a musculatura posterior da coxa, todos os músculos abaixo do joelho e dá sensibilidade a maior parte do membro inferior. Lesões deste nervo podem causar perda dos movimentos do pé e alteração da sensibilidade, com limitação da capacidade para caminhar. Fraturas com deslocamento da cabeça femoral são especialmente associadas a estas lesões. Lesões do nervo pudendo podem causar dificuldades sexuais em homens e mulheres, dor crônica, dor para sentar e  alterações na função dos genitais.

    Outras possíveis complicações associadas são: trombose venosa profunda, infecção, lesões de vasos sanguíneos, embolia pulmonar e outras patologias que acometem pacientes acamados. Complicações associadas a cirurgia também podem ocorrer, incluindo infecção, sangramento, complicações anestésicas, alergias e complicações sistêmicas.

    Dor crônica e artrose como consequências da fratura não são raras. Muitos pacientes com fraturas acetabulares graves acabam por realizar procedimentos de artroplastia de quadril alguns anos após o trauma. Clique aqui para mais informações a respeito de artroplastia de quadril.

    Como previamente afirmado,  apesar das múltiplas possíveis complicações, a grande maioria dos pacientes recupera a função normal, sem dor e com movimento.